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Publicado em 26/07/2017 às 8:17 - Autor:

POLÍCIA: Caça a pedófilos: PF prende um e investiga produção de conteúdo

Preso em Bauru, porteiro responderá por armazenamento de pornografia infantil e pode ter produzido vídeos e fotos

Tisa Moraes

Um homem foi preso em Bauru, na manhã dessa terça-feira (25), dentro da segunda fase da Operação Glasnost, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em 51 municípios de 14 estados brasileiros para desarticular uma rede de exploração sexual de crianças e de compartilhamento de pornografia infantil na Internet. Além dele, outras duas pessoas foram presas pela Delegacia de PF de Bauru em Paranapanema, região de Avaré.

Em todo o País, a operação resultou em 30 prisões. Em Bauru, policiais federais realizam buscas na residência do suspeito, onde ele foi encontrado, no Jardim Bela Vista, e no local onde ele trabalhava como porteiro, em um condomínio residencial do Jardim Estoril.

Foram apreendidos celulares, DVDs e CDs, além de câmeras e HDs. Segundo a delegada federal Ana Carolina de Freitas Gholmie, análises preliminares levantaram a hipótese de parte do material ter sido produzida em Bauru, com crianças e adolescentes da cidade.

Também foram identificadas gravações de crianças em ambiente que aparenta ser um condomínio residencial, mas, até o final dessa terça (25), não era possível confirmar se as filmagens foram feitas no endereço em que o porteiro trabalhava. Segundo a delegacia, contudo, as filmagens, preliminarmente, não incluíam atos de violência sexual. “As investigações prosseguem no sentido de periciar este material e aprofundar as análises”, adianta Ana Carolina.

A Operação Glasnost, iniciada em 2010 pela PF do Paraná com apoio internacional, teve como base o monitoramento de um site russo que era usado como “ponto de encontro” de pedófilos de vários países. “Os usuários deste site trocavam muitos e-mails entre eles, para se comunicarem e compartilharem material de pornografia infanto-juvenil. A partir desta movimentação, os nomes dos envolvidos foram sendo levantados”, detalha a delegada.

SEGUNDA FASE

Em 2013, durante a primeira fase da operação, 30 pessoas foram presas e mandados de busca e apreensão foram cumprido em Bauru e Jaú. Nesta segunda etapa, a PF arbitrou fiança de dez salários mínimos para que o morador de Bauru pudesse responder a inquérito em liberdade, mas o valor não havia sido pago até o final dessa terça-feira (25).

Assim como os suspeitos de Paranapanema, ele permanecia na delegacia até o final da noite dessa terça. “Em virtude da perícia preliminar que foi realizada, não arbitramos fiança para os moradores de Paranapanema, mas não podemos divulgar mais detalhes para não prejudicar as investigações”, detalha Ana Carolina.

O porteiro responderá, inicialmente, a inquérito por armazenar material contendo pornografia infanto-juvenil, que prevê pena de um a quatro anos de reclusão, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Será investigado, ainda, pelo compartilhamento e produção deste tipo de conteúdo, o que poderá elevar o tempo de condenação.

VOCÊ SABIA?

O nome da operação, Glasnost, faz referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de crianças e adolescentes na Internet e para contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.

Fonte: jcnet.com.br

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