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Publicado em 12/01/2018 às 17:10 - Autor:

ELEIÇÕES 2018: Ex-apresentadora do JN se filia ao PMN e inicia ‘desconstrução’ de adversários

GÉSSICA BRANDINO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Desde sábado (6), quando postou um vídeo no Facebook no qual compara o discurso de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ao de Adolf Hitler, a jornalista e ex-apresentadora do “Jornal Nacional” e outros programas da TV Globo Valéria Monteiro, 52, se tornou alvo de ataques na internet. Pré-candidata à Presidência, ela se filiou na manhã desta sexta-feira (12) ao PMN. Comentários que diziam “Vai lavar louça” e outros que resgatavam a capa da “Playboy” feita em 1994 foram usados para desqualificar a jornalista, novata no mundo político. O vídeo, com 3 milhões de visualizações no Facebook, foi compartilhado por Bolsonaro. Valéria afirma que não quis fazer nenhuma ofensa ao deputado federal, mas chamá-lo para o debate. “Considero que as ideias que ele propaga dividem ainda mais o Brasil e trazem uma incitação a uma violência ainda maior do que sofremos”. Nas próximas semanas, novos vídeos devem ser lançados pela pré-candidata fazendo referência ao que Valéria chama de “velhas raposas na política”. BANDEIRAS No ato de filiação, a jornalista fez um discurso evocando o diálogo, a esperança e a reconciliação entre brasileiros. Ela diz que seu objetivo é compor uma união nacional para mudança dos padrões atuais da política. “Meu menu é muito mais amplo do que coxinhas e mortadelas”, declara. As propostas da pré-candidata estão em construção, assim como o modelo da futura campanha. “Ainda não há uma história política que envolva meu nome, e isso é uma diferença da minha candidatura para as demais. Sou uma pessoa que vem da vida cotidiana, que entende as dificuldades de ser brasileiro. Venho com muita vontade de representar as pessoas que existem para além das fronteiras da minha vida”. Valéria diz que quer levar ao partido a luta pela igualdade salarial entre homens e mulheres, como estabelecido na Islândia. “Espero poder contribuir para uma discussão maior da condição feminina no Brasil. O país não pode funcionar só com metade da sua população. Podemos fazer um Brasil muito mais rico com as mulheres, negros, LGBT e todos envolvidos nessa construção.” SIGLA O PMN (Partido da Mobilização Nacional) é uma sigla pequena, sem representação no Congresso Nacional e com poucos recursos. Segundo Valéria, essas características despertaram seu interesse pela legenda, já que buscava uma partido que “não tivesse se corrompido”. Logo após a filiação da pré-candidata, o PMN também realizou a filiação de quatro pastores em seu quadro político.

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