José Maria Tomazela , O Estado de S.Paulo
Conhecido como o magistrado mais ameaçado do País por combater o narcotráfico na fronteira do Brasil com o Paraguai, o juiz federal Odilon de Oliveira encerrou sua carreira aos 68 anos decretando na semana passada a prisão preventiva do italiano Cesare Battisti – decisão já revogada pelo Tribunal Regional Federal da 3a. Região (TRF). Na sexta-feira, 6, depois de limpar as gavetas de seu gabinete e deixar o Fórum Federal de Campo Grande (MS), Odilon foi recebido numa reunião da cúpula do PDT do Estado aos gritos de “governador”.
O ex-juiz pediu um tempo para pensar, mas discursou como candidato. Lembrou dos 40 anos de trabalho “protegendo o Estado da violência comum, como o crime organizado na fronteira”. Lamentou a “violência oficial”, se referindo à corrupção e ao que chamou de negação dos direitos sociais. “Vou me filiar a um partido que tenha compromisso com o povo e que queira retificar o País. O PDT é um partido que tem afinidade com o povo”, disse, sob aplausos.
Fonte : Estadão